quarta-feira, 30 de novembro de 2011

.vivo para as coincidências

o mundo é grande, enorme.
nós somos pequenos ,mínimos, remotos !

Cada um de nós é um nada, um nada que se cruza com centenas de outros nadas diariamente .

vivo para as coincidências.
para aquele instante em que um nada se encontra com outro nada em situações distintas, horas distintas, humores distintos.

Se eu sou nada,
Se a rapariga que me lembra Portugal e vislumbro numa janela do metro é nada.

Só me resta sorrir
Quando a encontro na mesma paragem diária que eu.

Porque este nada juntou-se aquele nada.
De todas as pessoas que circulam num metro por dia, de todas as carruagens que o metro tem, da quantidade de possibilidades diferentes que poderiam ter acontecido.

Este nada cruzou-se com o outro nada no mesmo dia.

E isso, a mim, deixa-me a sorrir.

Porque mesmo sendo um nada, sou um nada que vive do acaso.
e vive para o acaso.

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