o mundo é grande, enorme.
nós somos pequenos ,mínimos, remotos !
Cada um de nós é um nada, um nada que se cruza com centenas de outros nadas diariamente .
vivo para as coincidências.
para aquele instante em que um nada se encontra com outro nada em situações distintas, horas distintas, humores distintos.
Se eu sou nada,
Se a rapariga que me lembra Portugal e vislumbro numa janela do metro é nada.
Só me resta sorrir
Quando a encontro na mesma paragem diária que eu.
Porque este nada juntou-se aquele nada.
De todas as pessoas que circulam num metro por dia, de todas as carruagens que o metro tem, da quantidade de possibilidades diferentes que poderiam ter acontecido.
Este nada cruzou-se com o outro nada no mesmo dia.
E isso, a mim, deixa-me a sorrir.
Porque mesmo sendo um nada, sou um nada que vive do acaso.
e vive para o acaso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário